Alves da Rocha recebe prémio carreira pelo seu percurso académico
Com o título de Doutor Honoris Causa da UCAN, o júri considera que o economista possui uma carreira com relevância e impacto científico, económico e social com contributo para o desenvolvimento Nacional. Alves da Rocha diz que se sente "honrado".
O economista e director do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola (UCAN), Alves da Rocha, venceu o prémio nacional de carreira, promovido pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), na segunda edição do Prémio Nacional de Ciência e Inovação (PNCI), que destaca os melhores trabalhos de investigadores, inventores e inovadores nacionais.
O júri do prémio entende que Alves da Rocha possui uma carreira que corresponde aos critérios de avaliação, como qualidade científica, relevância e impacto científico, económico e social, além do seu contributo para o desenvolvimento nacional, através dos seus estudos em áreas económicas e sociais, e o trabalho desempenhado pelo Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC), que dirige.
"Fiquei muito honrado com o prémio. Espero que as novas gerações possam aproveitar todo o trabalho que eu executei até hoje, quer a nível do ensino como da investigação. O prémio não significa o fim de carreira, vou continuar a lecionar e a investigar, porque é isso que me dá prazer e não me cansa. O reconhecimento satisfaz qualquer valor monetário do prémio", declarou Alves da Rocha, que vai receber 12,9 milhões Kz.
Pesou ainda na avaliação, o facto de, ao longo da sua carreira, se tornar uma figura central do CEIC, enquanto a primeira unidade orgânica de investigação em ciências humanas do País, além da sua participação activa na produção dos primeiros relatórios periódicos do centro, onde se destaca o Relatório Económico de Angola, publicado todos os anos.
Com cerca de 50 anos de carreira como professor e investigador, Manuel Alves da Rocha é detentor do título de Doutor Honoris Causa da UCAN. Colaborou com o Banco Mundial, o Banco Europeu de Investimento, Organização Internacional do Trabalho e a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (CNUCED).
Colaborador regular do Expansão, foi consultor técnico principal de diferentes organismos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), participou em 14 colectâneas de textos de autores angolanos e estrangeiros e possui mais de 30 livros e artigos científicos publicados.
O investigador foi o primeiro classificado na categoria Prémio Nacional de Carreira, seguido de Benevides Pessela, na segunda posição, que recebeu 6,4 milhões Kz e, em terceiro, ficou Maria Augusta Martins, que levou 4,3 milhões Kz. No geral, estiveram em disputa oito categorias ao prémio, que distribuiu 66,5 milhões Kz, num total de 15 candidatos apurados: Ciência, Inovação, Invenção, Carreira, Mulher Cientista, Jovem Cientista, Jovem Inovador e Jovem Inventor. Há categorias que não tiveram nenhum trabalho premiado e outras que só tiveram um ou dois.
O prémio Nacional de Invenção não teve premiados. Na categoria Ciência, o prémio de 12,1 milhões Kz foi repartido por três candidatos. Na Inovação, foram distribuídos 9,9 milhões Kz por dois concorrentes. Na categoria Jovem Cientista foram distribuídos 6,0 milhões Kz pelos três primeiros classificados, na classe Jovem Inovador dois candidatos receberam um total de 4,9 milhões Kz e na categoria Jovem Inventor apenas um concorrente recebeu 3,3 milhões Kz. Na categoria Mulher Cientista também só uma candidata foi distinguida e levou para casa 6,6 milhões Kz.











