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"Acredito que o País vai voltar a ver cinema nacional"

Maradona Dias dos Santos

Maradona Dias Dos Santos nasceu em Abril de 1982, em Luanda. Residente em Inglaterra, o realizador do primeiro filme angolano a estrear na Netflix revela ter outros projectos para o seu País: "depois do Santana vocês terão mais surpresas". O filme conta com actores nacionais e internacionais, nomeadamente, Neide Van-Dúnem, Quim Fasano, Raul Rosário, Yuri Latino, o músico Cage One, o actor sul-africano Rapulana Seiphemo, o nigeriano Hakeem Kae-Kazim, e o escocês David O"Hara, que participou nos premiados filmes Braveheart e Harry Potter. A realização foi partilhada com Chris Roland e foi produzido por Paulo Americano, Raul Rosário e Rapulana Seiphemo. Em entrevista ao Expansão, Maradona explica que o filme transmite uma mensagem de fé. "Às vezes, as coisas não são fáceis, temos de percorrer um caminho muito longo. O "Santana" é o exemplo de quando uma pessoa não desiste e não permite que outros o façam desistir dos seus sonhos. Dias Santana é, como descreve, uma pessoa que "acredita em Deus".

Dia 28 de Agosto estreia o primeiro filme angolano na Netflix. Que significado tem para si, como realizador?

Estou muito contente pela forma como as coisas estão a correr para o meu filme. Não foi fácil, foi uma longa batalha para obtermos este resultado. Batemos a várias portas para a realização do filme. Foi uma ideia minha e não esperava um impacto desta dimensão, sobretudo a estreia na Netflix. Penso que Angola pode estar feliz, é uma realização para todos os fazedores de cinema.

Quais são as expectativas do realizador?

As expectativas são positivas. Penso continuar a realizar filmes que o povo goste. Quero estar sempre conectado com o povo, através das histórias. Globalmente, apesar de estarmos a começar, quero mostrar que Angola tem mais para dar e que o mundo pode contar connosco. Acredito que essa estreia é uma luz que se acendeu para nós.

Porque razão explorou este tema, um filme motivado por vingança e determinação por justiça?

Vivi no meio de militares e polícias e tive familiares que combateram na época da guerra, como o meu pai. Neste seio, ouvi muitas histórias interessantes. E, ao escrever o filme, inspirei-me no que ouvi, em factos reais dos meus tios, Dias Nascimento (Dias Santana) e o Balumuka (Matias Santana), nomes dos principais personagens do filme. Conto a história de dois irmãos que não tinham uma boa relação, mas tinham um objectivo comum. O filme de acção, ficção e comédia mostra que a justiça é sempre o melhor caminho.

A acção do "Santana" onde foi gravada? Porque escolheu esse cenário para o filme?

O filme foi gravado em Luanda, Angola e em Cape Town, África do Sul. As escolhas foram em função do guião que escrevi. Gravar na África do Sul, facilitava a produção; em Angola, procurámos mostrar um pouco do País e metê-lo no mapa.

Como reuniu este elenco internacional, também composto por actores angolanos?

Escrevi um filme para o mercado internacional, por isso, um dos critérios foi que os actores falassem a língua inglesa. Através de castings em várias províncias do País e outros actores por indicação, constituímos o grupo.

Qual foi o momento em que percebeu que era cinem a o que gostava de fazer?

Sempre foi um sonho fazer cinema, mas tudo isso ficou mais forte quando entrei para a escola de teatro. No entanto, esse desejo foi crescendo e hoje estou aqui.

(Leia a entrevista integral na edição 589 do Expansão, de sexta-feira, dia 28 de Agosto de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

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