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Economia

Acordo EUA-China impulsiona mercado

SEMANA DE 09 A 14 DE MAIO

Os mercados reagiram positivamente ao acordo de "cessar-fogo" temporário das tarifas entre os EUA e a China, o que influenciou o petróleo, que também beneficiou da intenção de aplicação de novas sanções ao Irão pelos EUA.

O recente acordo comercial temporário na "guerra de tarifas" entre os EUA e a China animou os mercados na última semana, e influenciou positivamente o preço do petróleo e o mercado de acções.

O alívio terá como duração 90 dias e prevê uma redução das tarifas adicionais aplicadas recentemente entre os dois países. As tarifas norte-americanas sobre produtos chineses foram reduzidas de 145% para 30%, enquanto as tarifas impostas pela China passaram de 125% para 10%.

O acordo inclui também a suspensão de algumas medidas não tarifárias, como restrições à exportação de terras raras e a exclusão de empresas de listas negras comerciais. Isto contribuiu para aliviar os receios de uma recessão económica global, impulsionando o apetite dos investidores por activos de maior risco, como o petróleo, que chegou a registar um ganho semanal acima de 5%.

No final da sessão de quarta-feira, o barril de WTI negociado em Nova Iorque negociava em torno dos 63 USD, enquanto o Brent em Londres rondava os 66 dólares americanos.

Adicionalmente, o aumento da cotação do crude teve um efeito das novas ameaças de sanções dos EUA ao Irão, em caso de não existir avanços nas negociações, não obstante ter sido revelado pelo Instituto Americano de Petróleo um aumento de 4,3 milhões de barris nos stocks de crude dos EUA na semana passada.

Por seu lado, o ouro, um activo visto como refúgio em tempos de incerteza, registou uma performance mais fraca ao desvalorizar mais de 5% para 3.237,24 dólares por onça. No mercado cambial, o par EUR/USD recuava 1,04%, negociando perto de 1,13 dólares americanos.

Nos mercados accionistas, os principais índices norte-americanos valorizaram acima de 2%, enquanto, na Europa, o índice de referência, Euro Stoxx 600, acumulava uma valorização de cerca de 0,88%.

O sentimento positivo nos mercados accionistas foi ainda fortalecido por outras notícias relevantes, como o anúncio de um investimento de 600 mil milhões de USD da Arábia Saudita na economia dos Estados Unidos, além da possível revisão dos regulamentos norte-americanos sobre a exportação de semicondutores usados em inteligência artificial.

Por fim, relativamente à política monetária, os mercados reagiram positivamente à queda da inflação nos EUA, pelo terceiro mês consecutivo, fixando-se em 2,3% em Abril deste ano, abaixo dos 2,4% de Março. Isto elevou as expectativas de uma possível redução das taxas de juro por parte do Federal Reserve em breve.

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