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Economia

Inflação mensal de 0,85% em Novembro em mínimos de 35 meses

ÍNDICE DE PREÇOS NO CONSUMIDOR NACIONAL

É o segundo mês consecutivo em que a taxa de inflação homóloga está abaixo da projecção do Governo. Em relação à capital do País, a inflação homóloga caiu 19,88 pontos percentuais em Novembro, depois de ter caído 21,44 pp em Outubro, e hoje Luanda é a província com a inflação mais baixa, segundo os dados do INE, que têm sido contestados por especialistas.

É preciso recuar a Janeiro de 2023 para encontrar uma variação mensal do Índice de Preços no Consumidor Nacional tão baixo como os 0,85% registados em Novembro. A inflação mensal está a desacelerar há quatro meses, enquanto a homóloga (16,56%) está em queda livre e já está abaixo da meta que o Governo inscreveu como projecção para este ano, constatou o Expansão com base no Índice de Preços no Consumidor Nacional sobre Novembro de 2025, publicado esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A inflação homóloga está, assim, com o valor mais baixo registado nos últimos 25 meses. Ou seja, a inflação está a aumentar, mas a um ritmo mais lento do que era verificado no passado, pelo que, em Novembro deste ano, os preços cresceram 16,56% face a Novembro do ano passado.

Isto quando em Novembro do ano passado, os preços tinham crescido 28,4% face a Novembro de 2023. Para este ano, no Orçamento Geral do Estado o Governo tinha apontado a uma inflação no final de período de 16,6%, mas na proposta do orçamento para o próximo ano, que está em discussão na Assembleia Nacional, reviu em baixa para 17,54% este ano (e 13,50% para 2026).

Assim, desde Outubro, quando se registou 17,43%, que a inflação homóloga já está abaixo da projecção que o Governo fez. Apenas o Natal e pressão consumidora da população (aumentando a procura) podem condenar ao fracasso aquela que foi a projecção do Governo. Não é expectável que isso aconteça.

Em relação à variação por classes de despesa, a classe "Transportes" foi a que registou o maior aumento no índice de preços, com uma variação homóloga de 19,80%. Destacam-se também os aumentos nas classes: "Saúde" com 18,97%, "Bens e serviços diversos" com 17,83% e "Habitação, água, electricidade e combustíveis" com 17,23%.

As províncias com maior variação no nível geral de preços, foram Cabinda com 27,29%, Lunda Sul com 19,39% e Huíla com 18,96%.

Em sentido contrário, as províncias que registaram menor variação de preços foram Luanda com 14,62%, Huambo com 14,68% e Cuando Cubango com 15,27%. Em relação à capital do País, a inflação homóloga caiu 19,88 pontos percentuais em Novembro, depois de ter caído 21,44 pp em Outubro. Aquela que foi a província que sempre registou a maior inflação a nível nacional parece ter sido tocada por uma "varinha mágica" e é hoje a província do País com a inflação mais baixa, como se não houvesse pressão da procura.

O INE tem um "sistema de recolha de dados com ampla cobertura que assegura a representatividade em todos os pontos de vendas do país, através de uma amostra de estabelecimentos de 1.050 lojas ou estabelecimentos diversos e 75 mercados.

Para Luanda são cerca de 163 estabelecimentos de bens e serviços e 24 mercados paralelos", refere um anexo que o INE fez acompanhar com a publicação do IPCN. O "cabaz" que o INE utiliza para medir o "pulso aos preços" é composto por cerca de 700 produtos.

Já a estrutura de ponderadores é dominada por Alimentação e bebidas não alcoólicas (47,11%), Habitação, água, electricidade e combustíveis (10,77%) e Transportes (7,68%). Em termos práticos, para o INE, é nestas três classes que as famílias angolanas gastam a maior parte dos seus rendimentos.

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