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Economia

Grupo Carrinho destaca-se nas importações e exportações do País

Dados do II trimestre de 2021

As mercadorias mais importadas, em quantidade, representando 48,6% do total, são: trigo e mistura de trigo com centeio (11%), arroz (8,9%), carnes de animais da espécie suína (5,7%), açúcar (4,9%), carnes miudezas frescas das aves (3,8%), milho (3,3%), grumos, sêmola e pellets (2,8%).

A Agência Reguladora de Certificação de Carga e Logística de Angola (ARCCLA), entidade que substituiu o antigo Conselho Nacional de Carregadores, publicou os dados da exportação e importação em quantidade, carga contentorizada, referentes ao I e IIº trimestre de 2021. São os últimos dados disponíveis, apresentados por operadores, o que permite perceber quem são os principais importadores e exportadores do País.

Curiosamente a Carrinho aparece nas duas listas, sendo que liderou os maiores exportadores entre Abril e Junho de 2021 com 11.126 toneladas o equivalente a 28,3%, e está na 5ª posição dos importadores com 50.015 ton, 3,8% do total. No primeiro caso estamos a falar da venda para o estrangeiro de sêmea, fundamentalmente, e na segunda, da importação de cereais para abastecer o seu parque industrial instalado na província de Benguela. Hoje, se juntarmos a sua participação na Gescesta que gere a reserva estratégica alimentar, o grupo de Benguela, possivelmente, já é o maior importador e maior exportador em quantidade em Angola.

Se analisarmos este segundo trimestre de 2021 sob o ponto da exportação, o valor foi de 39.368 ton, sendo que a seguir à Carrinho, segue- se a Kikolo Sociedade Industrial de Moagem 16.9% deste valor, também na área dos farelos e sêmolas, e a Rupsil & Filhos, empresa que está no sector dos granitos, basalto e mármores.

Os números das exportações em quantidade são também claros face às dificuldades das empresas nacionais em internacionalizar-se, no Iº trimestre as vendas foram de 64.066 ton e no IIº trimestre de 39.368 ton, uma queda de 38,6%.

Esta desaceleração das exportações angolanas no II trimestre é justificada com a fraca produção de bens e serviços em Angola, embora especialistas acreditem que os indicadores do mercado apontam para uma melhorianas vendas dos produtos angolanos com aposta em mercados vizinhos, de onde se destaca a RDC, mas ainda assim, longe dos números anteriores a pandemia. A ARCCLA indicaquemaisde88% das exportações em quantidade foram da responsabilidade de apenas três produtos, sêmola, madeira e granito.

Angoalissar lidera as importações

Para este mesmo período, o maior importador foi a Angloalissar com um volume de 73.342 ton, cerca de 5,6% do total, fundamentalmente produtos alimentares, recordando que para além do seu projecto retalhista, a organização tem também um papel importante como grossista no abastecimento ao comércio informal, às milhares de lojas e cantinas espalhadas por todo o território nacional.

Nesta lista segue-se a Gamek com um quota de 5,4% que corresponde a 70.971 ton, empresa que comercializa materiais e equipamentos eléctricos, a Grandes Moagens de Angola com 61.075 ton, fundamentalmente cereais e a Alfrescos com 26.206 ton, que opera na área dos produtos alimentares com especial destaque para a importação de carnes. Na 5ª posição aparece então a Carrinho Indústria e na sexta a Induve. Estes seis importadores valeram 26% do total de cargas certificadas em quantidade que tiveram como destino Angola.

(Leia o artigo integral na edição 660 do Expansão, de sexta-feira, dia 4 de Fevereiro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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